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Como adaptar a alimentação para pacientes com disfagia

  • Foto do escritor: Instituto Neuralis
    Instituto Neuralis
  • 25 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de jan.

A disfagia, caracterizada pela dificuldade em engolir alimentos ou líquidos, pode resultar de diversas condições neurológicas, musculares ou estruturais. Essa dificuldade não apenas compromete a ingestão nutricional, mas também aumenta o risco de aspiração, desnutrição e desidratação. Portanto, adaptar a alimentação é fundamental para a segurança e o bem-estar desses pacientes.


Entendendo a disfagia


A disfagia pode afetar diferentes fases da deglutição:


  • Fase oral: dificuldade em mastigar ou mover o alimento da boca para a garganta.

  • Fase faríngea: problemas na descida do alimento pela garganta, podendo causar engasgos.

  • Fase esofágica: obstruções ou motilidade reduzida no esôfago.


As causas incluem acidentes vasculares cerebrais (AVC), doenças neurológicas como Parkinson e Alzheimer, esclerose múltipla, entre outras.


Importância da adaptação alimentar


A adaptação da dieta visa:


  • Prevenir aspiração: evitar que alimentos ou líquidos entrem nas vias respiratórias.

  • Garantir nutrição adequada: assegurar a ingestão suficiente de calorias e nutrientes.

  • Melhorar a qualidade de vida: permitir que o paciente desfrute das refeições com segurança.


Estratégias para adaptar a alimentação


Modificação da consistência dos alimentos


A textura dos alimentos deve ser ajustada conforme o grau de disfagia:


  • Alimentos purê: normalmente indicados para disfagia grave; consistência homogênea e sem grumos.

  • Alimentos picados ou amassados: para disfagia moderada; pedaços pequenos e macios.

  • Alimentos macios: geralmente adequados para disfagia leve; alimentos que requerem pouca mastigação.


É essencial evitar alimentos que se desintegram facilmente na boca, como bolachas secas, ou que possam causar engasgos, como grãos inteiros, castanhas e folhas.


Espessamento de líquidos


Líquidos finos podem ser difíceis de controlar durante a deglutição. O uso de espessantes comerciais ou naturais, como amido de milho ou farinha de aveia, pode ajudar a alcançar a consistência adequada, facilitando a ingestão e reduzindo o risco de aspiração.


Temperatura e sabor dos alimentos


Alimentos com temperaturas extremas (muito quentes ou frios) podem estimular o reflexo de deglutição. Além disso, sabores fortes podem aumentar a salivação e auxiliar na formação do bolo alimentar.


Frequência e volume das refeições


Recomenda-se oferecer refeições em menores volumes e com maior frequência ao longo do dia. Isso facilita a deglutição e assegura a ingestão calórica necessária.


Posição durante a alimentação


O paciente deve estar sentado com o tronco ereto durante as refeições e permanecer nessa posição por pelo menos 30 minutos após comer. Essa postura ajuda a prevenir refluxo e aspiração.


Orientações adicionais


  • Supervisão: sempre que possível, um cuidador deve estar presente durante as refeições para auxiliar e monitorar sinais de dificuldade.

  • Higiene oral: manter a boca limpa reduz o risco de infecções pulmonares em caso de aspiração da saliva.

  • Consulta profissional: é fundamental que a adaptação da dieta seja orientada por um fonoaudiólogo e nutricionista especializados em disfagia.


Conclusão


Adaptar a alimentação para pacientes com disfagia é um processo que requer atenção e cuidado, visando garantir a segurança e a nutrição adequadas. Com as estratégias corretas e o acompanhamento profissional, é possível proporcionar uma alimentação prazerosa e segura, melhorando significativamente a qualidade de vida desses indivíduos.

 
 
 

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