Neurofeedback: treinando o cérebro para o autocontrole
- Instituto Neuralis

- 15 de set.
- 3 min de leitura
A impulsividade, caracterizada pela tendência a agir no calor do momento sem pensar nas consequências, é um traço presente em diversas condições neurológicas e psicológicas, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), transtornos de humor e lesões cerebrais. Ela pode afetar relacionamentos, desempenho acadêmico e profissional, e a tomada de decisões em geral. O tratamento convencional geralmente envolve terapia e medicação, mas avanços na neurociência abriram portas para abordagens inovadoras. No Instituto Neuralis, estamos na vanguarda da neurorreabilitação, oferecendo tecnologias que atuam diretamente na regulação da atividade cerebral. O neurofeedback é uma dessas ferramentas de ponta. Trata-se de uma terapia não invasiva que ensina o cérebro a autorregular seus padrões de funcionamento, promovendo um maior controle sobre os impulsos de forma consciente e duradoura.
Como funciona o treinamento cerebral?
O neurofeedback pode ser entendido como uma "fisioterapia para o cérebro". O processo é baseado no princípio do condicionamento operante: o cérebro é recompensado por produzir padrões de atividade mais saudáveis e eficientes.
Passo 1: Mapeando a atividade cerebral (EEGq)
Antes de iniciar o treinamento, é fundamental entender como o cérebro do paciente está funcionando. Para isso, realizamos um Eletroencefalograma Quantitativo (EEGq). Sensores são colocados no couro cabeludo para captar a atividade elétrica do cérebro. Esses dados são processados por um software que cria um mapa cerebral detalhado, mostrando quais áreas podem estar operando de forma desregulada – por exemplo, com excesso de ondas lentas em regiões frontais, um padrão que estudos associam a dificuldades de atenção e controle de impulsos. Este mapeamento é o que nos permite personalizar o protocolo de treinamento.
Passo 2: O treinamento em tempo real
Durante uma sessão de neurofeedback, o paciente senta-se confortavelmente em frente a uma tela. Os mesmos sensores do EEGq são utilizados para monitorar as ondas cerebrais em tempo real. Essa atividade é traduzida em um feedback visual ou sonoro – por exemplo, um jogo, um filme ou uma música. O objetivo é controlar esse feedback usando apenas o cérebro. Quando o cérebro produz o padrão de ondas desejado (por exemplo, mais ondas associadas ao foco e menos ondas associadas à desatenção), o paciente é "recompensado": o filme continua rodando, o jogo avança ou a música toca claramente. Se o cérebro sai desse padrão ideal, o feedback para.
Passo 3: Aprendizado e neuroplasticidade
Com a repetição dessas sessões, o cérebro começa a aprender a produzir e a manter os padrões de atividade mais regulados de forma autônoma, mesmo fora do consultório. Esse processo estimula a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de formar novas conexões e se reorganizar. O objetivo é que o autocontrole se torne mais automático, reduzindo a necessidade de um esforço consciente para inibir impulsos. É importante destacar que o neurofeedback é um treinamento, e como tal, apresenta resultados graduais, que podem se manifestar de formas diferentes em cada indivíduo, de acordo com seu perfil neurofisiológico.
Conclusão
O controle da impulsividade é uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada, e o neurofeedback oferece uma abordagem direta e inovadora para esse treinamento. Ao permitir que o indivíduo veja e module sua própria atividade cerebral, essa tecnologia capacita o cérebro a encontrar um caminho mais equilibrado e regulado. No Instituto Neuralis, temos orgulho de ser um dos poucos centros na região a oferecer esta tecnologia de ponta, aliada à expertise de uma equipe interdisciplinar. Nosso tratamento é sempre personalizado, começando com um mapeamento cerebral preciso para garantir que o treinamento seja focado nas necessidades únicas de cada paciente. Se a impulsividade é um desafio para você ou alguém da sua família, agende uma avaliação e conheça como a neurorreabilitação moderna pode abrir novos horizontes para o autocontrole.



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