Pós-AVC: Como a terapia ocupacional devolve a autonomia
- Instituto Neuralis

- 11 de set.
- 3 min de leitura
Um Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode mudar uma vida em um instante. Além das sequelas motoras, como a fraqueza em um lado do corpo, o AVC frequentemente impacta a capacidade de realizar tarefas que antes eram simples e automáticas como vestir-se, cozinhar, escrever e trabalhar. É nesse ponto que a Terapia Ocupacional (TO) se torna uma peça-chave na jornada de reabilitação. Enquanto a fisioterapia foca em restaurar o movimento, a TO tem o objetivo de devolver o "fazer", ou seja, ajudar o paciente a reconquistar a independência e a retomar suas ocupações significativas. No Instituto Neuralis, a Terapia Ocupacional é um pilar da nossa abordagem de neurorreabilitação integral. Entendemos que a verdadeira recuperação vai além de mover um braço; significa ser capaz de usar esse braço para abraçar um ente querido ou para segurar um talher e se alimentar de forma autônoma.
As 5 perguntas essenciais que a Terapia Ocupacional responde após um AVC:
1. "Como vou conseguir me vestir ou tomar banho sozinho(a)?"
A Terapia Ocupacional trabalha diretamente no treino das Atividades de Vida Diária (AVDs). O terapeuta analisa cada etapa da tarefa, identifica as dificuldades e desenvolve estratégias para superá-las. Isso pode incluir:
Adaptação da técnica: Ensinar a vestir uma camisa usando apenas um braço funcional.
Uso de tecnologia assistiva: Indicar e treinar o uso de equipamentos como calçadeiras de cabo longo, abotoadores ou barras de apoio no banheiro.O objetivo é sempre a máxima independência com segurança.
2. "Meu braço e minha mão não se movem como antes. O que fazer?"
A recuperação da função do membro superior é um dos maiores focos da TO. No Instituto Neuralis, potencializamos a terapia com tecnologias avançadas. A Luva Pneumática, por exemplo, é um dispositivo robótico que auxilia o paciente a realizar movimentos repetitivos de abrir e fechar a mão. Esse treino intensivo ajuda a estimular a neuroplasticidade e a "redesenhar" as conexões cerebrais responsáveis por aquele movimento. Além disso, utilizamos a Eletromiografia de Superfície (EMG) como biofeedback, para que o paciente possa ver a ativação muscular e reaprender a controlar os movimentos finos.
3. "Como posso adaptar minha casa para torná-la mais segura?"
O terapeuta ocupacional realiza uma avaliação do ambiente doméstico para identificar e sugerir modificações que previnam quedas e facilitem a rotina. Isso pode envolver desde a reorganização de móveis para criar um caminho livre, a instalação de barras de segurança, até a recomendação de tapetes antiderrapantes.
4. "Minha memória e atenção foram afetadas. Isso pode melhorar?"
Sim. A Terapia Ocupacional atua na reabilitação cognitiva por meio de atividades e exercícios específicos que estimulam a atenção, a memória, o raciocínio e a capacidade de planejamento. Essas habilidades são essenciais para gerenciar medicamentos, cozinhar uma refeição ou voltar ao trabalho.
Além disso, a Fonoaudiologia também desempenha um papel importante nesse processo. O fonoaudiólogo trabalha com estratégias para melhorar a linguagem, a comunicação, a memória funcional e outras funções cognitivas relacionadas, favorecendo a retomada da autonomia e da qualidade de vida no dia a dia.
5. "Será que um dia vou poder voltar a fazer as coisas que eu gostava?"
Esta é a essência da Terapia Ocupacional. O tratamento é sempre centrado no paciente e em suas metas pessoais. Seja voltar a cozinhar, a cuidar do jardim ou a praticar um hobby, o terapeuta irá decompor essa atividade em partes menores e criar um plano para que o paciente, passo a passo, possa se engajar novamente em suas ocupações de valor. É importante lembrar que o processo de reabilitação é único para cada pessoa, e os resultados podem variar.
Conclusão
A Terapia Ocupacional é a ponte entre a recuperação do movimento e a retomada da vida. Ela capacita o sobrevivente de AVC a encontrar novas maneiras de realizar velhas tarefas, promovendo autonomia, confiança e qualidade de vida. No Instituto Neuralis, nossa equipe de terapeutas ocupacionais trabalha de forma interdisciplinar, em conjunto com fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, e com o suporte de tecnologias de ponta. Nossa abordagem é global e personalizada, focada em ajudar nossos pacientes a não apenas sobreviver a um AVC, mas a viver plenamente após ele. Se você ou um familiar está em processo de reabilitação pós-AVC, entre em contato e agende uma avaliação para conhecer nosso programa completo.



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